Tuesday, November 28, 2006

Sunday, November 26, 2006

Mário Cesariny 1923 - 2006

Alegre triste meigo feroz bêbedo

lúcido
no meio do mar

Claro obscuro novo velhíssimo obsceno
puro
no meio do mar

Nado-morto às quatro morto a nada às cinco
encontrado perdido
no meio do mar
no meio do mar

Radiograma, Mário Cesariny

Post retirado de http://arrastao.weblog.com.pt/

Calendários 2007

Chegaram os calendários para 2007. Deixo aqui a ligação para o da Pirelli, que iniciou a publicação há 42 anos. Trata-se, indubitavelmente, de um ícone da comunicação corporativa, com índices de visibilidade e notoriedade impressionantes. O motivo é, como sempre, a celebração da beleza feminina.
A base deste resultado: um trabalho de comunicação estratégica,
com uma fotografia, criatividades, estilo e design ao melhor nível.

Sunday, November 19, 2006

O carro do futuro está a chegar?

Da tese de doutoramento de um estudante do MIT, Ryan Chin, nasceu um projecto muito interessante, do qual se esperam resultados práticos de mercado. Trata-se de um denominado carro do futuro. Reúne os esforço do referido instituto, a General Motors e Frank Gehry (aquele arquitecto que ia reformular o Parque Mayer em Lisboa, Lembram-se?). Trata-se de um veículo pequeno, seguro, económico, híbrido ou movido a células de combustível, aumenta de tamanho para acomodar as pessoas, tem rodas omnidireccionais (viram até aos 90 graus), entre outras características. Digam lá que não é um veículo a produzir? Como diz Kofi Annan em entrevista à Ùnica (semanário Expresso), já existe tecnologia para tudo, ou quase, basta apenas utilizá-la a favor das grandes causas. Assim queiram os poderosos!

European newspaper award

O Expresso foi considerado o semanário europeu com melhor grafismo, na 8ª edição dos European Newspaper Award. Outros jornais portugueses, tais como JN, o DN e penso que também o Público, pelo menos, foram já distinguidos em anos anteriores. Trata-se, portanto, de um prémio que tem distinguido a imprensa portuguesa dita de referência.
Uma pesquisa na internet leva-me à página oficial da organização, que atribui os galardões www.newspaperaward.org. Como seria de esperar, estava à espera de um sítio apelativo, funcional e bem organizado. Pois bem, é precisamente o contrário do que ditam as regras do web design e do bom senso gráfico. Há botões que pura e simplesmente não funcionam; a informação disponibilizada é pobre, em termos de conteúdo e recursos gráficos; o contraste fundo -text0 é pouco acentuado, dificultando a leitura; etc., etc. Fica uma pergunta: terá um organismo que não cuida da sua imagem competência para atribuir prémios de design?

Sunday, November 12, 2006

A propósito de uma notícia

O Supremo Tribunal Administrativo do Porto deu razão aos alunos e à Universidade Fernando Pessoa e declarou inconstitucional o sistema de admissão na Ordem dos Arquitectos. O anúncio da decisão foi feito hoje pela Associação Portuguesa de Estudantes e Licenciados em Arquitectura (APELA).

Desconhecia a existência deste litigio, mas nesta notícia interessam-me duas questões que sendo diferentes se complementam na substância. A primeira, prende-se com o corporativismo que ainda persiste na atribuição de reconhecimento e competências, por parte de algumas instituições, a cursos das universidades privadas. Fica a ideia que nestas instituições a qualidade de ensino é inferior à das universidades públicas. Por experiência própria de vários anos, sei que assim não é. Definidos os conteúdos programáticos, as regras de avaliação e a qualidade do corpo docente, que se assemelham nos dois sistemas de ensino, a formação resultante não pode variar muito.

A outra questão, embora um pouco marginal a este assunto, prende-se com a catalogação que também existe no nosso ensino, rotulando de forma definitiva as competências académica das pessoas. Numa época de fluidez em todos os ramos do conhecimento, torna-se necessário não compartimentar, mas sim abrir portas e incorporando a multidisciplinaridade. Foi interessante e oportuno ver José Pinto Santos (professor da Insead) na Grande Entrevista, dizer que era importante que as empresas admitissem pessoas das áreas das ciência humanas e sociais, dado que com a sua formação traz novas perspectivas.

Tuesday, November 07, 2006

Outdoor: uma abordagem semântica

NY, Times Square, 2002
Este blog nasceu com o objectivo de divulgar áreas relacionadas com a comunicação visual, nas suas múltiplas manifestações, em que o marketing, o design e a publicidade são incontornáveis. A bem dizer, cabe tudo, ou quase, neste leque de matérias. É um pouco isso que temos feito ao publicarmos comentários, notícias, imagens e outros fragmentos que vão chegando e que estão relacionados com a comunicação, na sua perspectiva global.

Outra das ideias que esteve presente, no arranque deste espaço de visibilidade, foi a de problematizarmos a publicidade exterior, matéria que no ocupou durante os últimos anos. Ficou já a promessa, num dos posts, que o faríamos logo que possível. Chegou, então, a hora e alguma disponibilidade para começar a tratar essas matérias, pelo princípio.

A palavra inglesa Outdoor é a terminologia adoptada no nosso país, para designar publicidade exterior de médio e grande formato, constituída por cartazes de rua. Não se sabe exactamente as razões que levaram à apropriação desta terminologia, uma vez que nos Estados Unidos e Reino Unido, este tipo de publicidade tem a designação de billboard ou billposter, significando, respectivamente, grande quadro ou poster (cartaz).
Uma das razões terá sido o significado da palavra Outdoor (fora de casa). Outra, prender-se-á com a facilidade de pronunciar a palavra e com o facto de facilmente aceitarmos e nos apropriarmos de estrangeirismos. Face à dificuldade de encontrarmos a origem da apropriação do termo, contactamos várias entidades, entre as quais a Associação Portuguesa de Agências de Publicidade e Associação Portuguesa de Anunciantes. Ambas manifestaram desconhecimento. Colocamos a mesma questão ao sítio na Internet “Ciberdúvidas” que nos remeteu a seguinte resposta, com o título “As origens do anglicismo Outdoor:

“Outdoor” é uma palavra formada pelo prefixo “out”, que significa «fora», e “door”, que significa «porta». “Outdoor” é, portanto, «aquilo que fica fora da porta ou o lugar fora da porta». “Outdoorman” – é o homem que passa muito tempo fora de casa, praticando o campismo, a caça ou a pesca. “Outdoor board” é um cartaz com notícias para o público.

O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (versão brasileira) indica que, em publicidade, “Outdoor” é uma redução de “Outdoor advertising” «propaganda ao ar livre».

Friday, November 03, 2006

Guimarães Jazz 2006

De 8 a 18 de Novembro decorre mais um Guimarães Jazz. O programa deste ano, consagra um festival que paulatinamente se tem vindo a impor no panorama nacional, para não ir mais além. Aqui, tem disponível toda a informação dos participantes de luxo deste ano (trios, quartetos, orquestras, etc.), compra de bilhetes e demais informação sobre outro tipo de actividades culturais, nomeadamente do Centro Cultural Vila Flor. A visita vale bem o esforço de um clic, que mais não seja pela qualidade gráfica do sítio e organização da informação, simples e objectiva. Condições elementares para bem se comunicar, mas que nem sempre são cumpridas.